quinta-feira, 16 de junho de 2011

RECANTO FRATERNO(II)

                   Prossigo falando do Recanto. Parei no ponto em que foi  nomeada  diretora do Recanto Fraterno, a Sra Maria Angélica Accioly Gomes, pelo então presidente Pedro Martim Teixeira,em  substituição ao diretor demissionário. A nomeação em caráter provisório, tinha por finalidade todos os procedimentos  necessários ao processo de desabrigação dos internos.
                   Em seu relatório, a nova diretora fez uma análise da situação em que viviam os idosos do Recanto Fraterno verificando, pelos dados colhidos, que a instituição não se adequara ao Estatuto do Idoso. Pelo horário cumprido pelas duas funcionárias que lá prestavam seus serviços, os idosos ficavam sozinhos   após às 19,00 horas até às 8,00 horas do dia seguinte e nos sábados, após às 13 horas até às 8,00 horas de segunda-feira, não  permanecendo ninguém nos domingos. Ressaltava ainda  que os idosos,  quando  saiam do Recanto ou nele entravam, faziam-no sozinhos e sem hora para retorno. Diante da situação a nova Diretora depois de se reunir com a Vice Presidente e outros membros da Diretoria e de tomar conhecimento de que ninguém se dispusera a assumir o Recanto, optou pelo reinserção familiar e nos casos da impossibilidade dessa medida, o encaminhamento para a Sociedade de Assistência aos Necessitados(abrigo dos Velhos) em Paranaguá, a qual conta com uma estrutura melhor e mais adequada  a  atual legislação. Segundo o relatório, dos doze abrigados nove foram encaminhados para as famílias(naturais ou adotivas) e apenas três foram encaminhados à entidade de Paranaguá. Constou ainda do relatório que  o processo de desabrigamento foi devidamente  divulgado no Jornal  Morretes Notícia, edição n° 29, com o intuito de demonstrar transparência e esclarecer e comunicar a população local acerca das mudanças e ações ocorridas no Recanto Fraterno pois a divulgação de todos os procedimentos é de fato dever da instituição, já que se trata de uma organização sem fins lucrativos.
                   A relatora encerra o seu trabalho elucidando a relevância do acompanhamento de todos os idosos reintegrados às famílias ou encaminhados para a instituição de Paranaguá, a fim de garantir a integridade física e mental deles bem como o apoio psicossocial no período de transição.
                     Aqui se encerra o relato que abrange a fundação, funcionamento e encerramento das atividades do Recanto Fraterno como instituição asilar para idosos. Na próxima postagem volto ainda ao assunto para considerações a  respeito dessa atividade e de outras l sobre assistência social nos Centros Espíritas.  Até lá.
                       José Daher        
                          
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